Da equipe, apenas Catarina Casaverde, Juliana Hosenfeld e Pacheco Filho estavam no Primeira Página na hora do almoço. Catarina se revezava como editora, chefe de reportagem e diretora de redação, cobrindo os buracos deixados por Fagundes e Lincoln. Juliana e Pacheco procuravam informações para fazer pequenas notas que preencheriam lacunas na edição do dia seguinte.
Eles ligavam para os bombeiros em busca de um incêndio, para a assessoria do governador em busca de uma declaração surpreendente e para os hospitais em busca de casos graves. Em geral, não conseguiam nada de muito relevante.
Passava da uma da tarde quando o telefone tocou. Um homem que se identificara como amigo de Bia procurava pela repórter. Juliana atendeu. Ele dizia que tinha uma pauta para ela, que policiais fariam uma apreensão de drogas em uma rodovia federal. Ela agradeceu.
- Pacheco, não comente nada com a Catarina, mas eu acho que temos uma boa chance de mostrar serviço — disse Juliana.
- O que foi?
- Apreensão de drogas. Topa?
Normalmente, o estagiário diria que não. Além de não gostar de violência e da companhia de policiais, era avesso ao impulso, ao imediato. Mas como era um pedido de Juliana ele cedeu. Era a oportunidade de ficarem um tempo juntos for a da redação.
Saíram do jornal sem contar para Catarina onde realmente iam.
quinta-feira, 28 de agosto de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário