Ainda na sala onde for a interrogado, Fagundes aguardava ser levado para uma cela. Como tinha nível superior, teria mais conforto do que uma prisão cheia de ratos com cheiro de mofo. Mesmo assim, a idéia do cárcere o amedrontava. Enquanto pensava no pior, a porta rangeu e deu passagem a Catarina Casaverde.
- Catarina!
- Fagundes! Eu estava preocupada. Te liguei o dia todo e passei no seu apartamento. O porteiro disse que você estava aqui. Você não matou aquela mulher, não é?
- Não… Eu não sei… Eu não me lembro de muita coisa.
- Você acha que armaram para você?
- Pode ser — refletiu Fagundes. — Mas quem?
- Você tem algum inimigo?
- O Santa Cecília me odeia.
- Além dele…?
- Acho que não.
- Eu vou tentar descobrir o que puder. Falei com alguns peritos e eles só terão identificação positiva da vítima em dois dias.
- Dois dias?
- Eu sei que é muito tempo. Vou investigar por conta própria. Assim que souber de alguma coisa, volto aqui e te aviso.
As mãos de Fagundes buscaram as de Catarina.
- Fique tranqüilo — disse a editora. — Eu vou te tirar daqui.
segunda-feira, 1 de setembro de 2008
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