terça-feira, 16 de setembro de 2008

Cap 45 - Os documentos

Suado e exausto, Carlos consegue voltar para o Primeira Página. Conseguiu pegar um táxi no Aterro que o levou até a Rio Branco, onde está a sede do jornal. O colunista caminhou até sua mesa, sentou-se e puxou o fone do gancho para ligar para a seguradora. O carro ainda estava no canteiro da pista e precisava ser rebocado.

Lincoln se aproximou, questionando o estado de Santa Cecília. O jornalista já estava preparado para contar a tentativa de assassinato quando viu, sobre a mesa ao lado de Bia Lacerda, as cópias dos documentos que ela pedira aos contínuos.

Carlos se lançou sobre os papéis e voltou a analisá-los. Ele sempre teve a certeza de que a polícia e o próprio não tinham investigado os documentos da forma adequada, mas nunca revisou o material porque prometera a Ana que ficaria distante daquele caso.

Os documentos basicamente eram cadernos com anotações. Haviam alguns apelidos e valores em dinheiro. Segundo a polícia, era a movimentação de alguma quadrilha. Como estavam em posse do filho de Armando na ocasião da busca, os investigadores determinaram que pertencia a ele. Carlos não tinha esta certeza.

Durante quase duas horas, o colunista se dedicou com afinco àquelas fotocópias de rabiscos do crime organizado. Tanto tempo, que alguns começaram a fazer sentido. E numa página qualquer de um caderno qualquer, Santa Cecília encontrou duas iniciais que poderiam virar o jogo a seu favor.

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