Os capangas carregaram o corpo que estava no corredor para dentro da sala. Não era Santa Cecília, como Paglia esperava, mas o deputado. Os bandidos vasculharam a casa uma última vez em busca do jornalista, mas nada acharam.
Dom Armando deu duas voltas no escritório pensando no que faria. Após aquele tiroteio, era provável que toda a polícia da Zona Sul estivesse indo para aquele edifício. Não havia muito tempo.
- Apareça, Santa Cecília!
Em um dos quartos, o capanga golpeado com o vaso de porcelana despertava. Armando não o perdoou e lhe acertou um soco.
- Para onde ele foi, seu imbecil? Me diga!
- O que…?
Antes que pudesse concluir a pergunta, Armando acertou um tiro na testa do bandido. Os outros capangas estavam receosos, mas sabiam que não podiam fugir.
Paglia não tinha idéia do que poderia fazer para que o jornalista aparecesse. A resposta estava no escritório. Armando pegou Lincoln pelo braço e o colocou sentado em uma das cadeiras, que foi empurrada até a sala.
Se você não aparecer, seu amigo morre!
- Não se preocupe, Carlinhos! Fuja — gritou o diretor de redação.
De um dos quartos, uma voz interrompeu a ameaça de Armando.
- Acabou a graça, Paglia — disse Carlos. — Estou saindo.
segunda-feira, 22 de setembro de 2008
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