Ramos acelerava seu carro o máximo que podia. Mesmo com as inúmeras batidas, o carro azul de Gianni Tomasi se mantinha firme à frente. Os dois seguiram pelo Aterro até o Mourisco, quando o italiano fez a volta e pegou o Aterro em direção ao Centro.
A distância que separava os carros não sofreu grande alteração em todo o percurso, mas Ramos tinha certeza de que não era na perseguição que ele conseguiria impedir o êxito do capanga de Dom Armando. Era na bala. E no meio da cidade ele não poderia disparar contra o italiano.
Tomasi subiu em uma calçada já na Glória. Atravessou uma rua na contra-mão e saltou do carro, correndo para dentro de um prédio. Ramos ainda nem tinha saído de sua viatura e já se sentia cansado de ter que correr atrás do bandido.
No edifício, não foi complicado seguir o italiano. Grande e corpulento, ele fazia muito barulho quando corria. Mas também não seria fácil para Ramos chegar de surpresa, já que obeso como era fazia tanto barulho quanto o capanga.
O policial seguiu Gianni Tomasi até uma sala. Lá, foi recebido com um soco na boca do estômago. Os dois brigaram por um tempo e a arma de Ramos foi arremessada do outro lado da sala. Olavo apanhou um bocado, até que conseguiu se desvencilhar do gigante e correr na direção de sua pistola de estimação.
Assim que pegou a arma, foi novamente golpeado, com um chute na cabeça que o deixou desnorteado. Ramos ficou caído no chão, olhando Tomasi, que pegou de volta sua barra de ferro e estava prestes e partir o crânio do policial.
Ramos ouviu um barulho de tiro e viu o vidro da janela se espatifar em milhões de cacos. Tomasi caiu de joelhos, soltou a barra e tombou para o lado. Na cabeça uma imensa marca de bala e o cérebro estourado na parede. Não houve testemunhas.
quarta-feira, 10 de setembro de 2008
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