quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Cap 40 - Desembarque

Eram quase três da tarde quando Armando Paglia saiu da sala de desembarque. Carlos já o aguardava, bem como alguns dos antigos amigos do criminoso. Paglia cumprimentava cada um deles quando percebeu que Santa Cecília o observava de longe.

- Deveria ter trazido uma placa com o meu nome — disse Dom Armando. — Seria mais fácil de te identificar.
- O que é isso, Armando? Bons amigos sempre se reconhecem.
- O que veio fazer aqui? Achei que nos veríamos apenas mais tarde.
- Estava tão ansioso que não podia esperar mais um minuto para lhe dar uma braço. Como vai seu filho?, debochou Carlos.
- Tão bem quanto a sua filha vai ficar — devolveu Paglia. Carlos sentiu uma pontada no coração.
- Vamos interromper essa palhaçada. O que você quer afinal?
- O que eu quero, Santa Cecília? Eu quero a sua cabeça em cima da minha lareira.
- Por que não vem pegá-la agora?
- Como sempre, vocês jornalistas não têm a mínima elegância. Sua hora vai chegar, mas antes eu tenho outros compromissos.

Paglia se afastou de Carlos para falar com seus amigos. Súbito, deteve-se e gritou:
- Ei, Santa Cecília! Quer dividir um táxi até o Centro?

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