segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Cap 39 - O garçom Genaro

Pouco antes da hora do almoço, Catarina Casaverde saiu do Primeira Página e foi até o restaurante onde Cosme Fagundes teria almoçado no dia anterior. Lá, ela procurou Genaro, o garçom de confiança do chefe de reportagem.
- Genaro, eu preciso saber o que aconteceu aqui ontem.
- Não sei do que a senhora está falando.
- O meu amigo Fagundes, o jornalista, esteve aqui ontem.
- Esteve sim. Ele almoçou mais um camarada naquela mesa de sempre.
- Você sabe quem é o camarada?
- Sei não senhora, a mesa do seu Fagundes é num canto escuro. Mas…
- O quê?
- Mas — continuou o garçom esfregando os dedos da mão — se a senhora me perguntasse com jeitinho…

Catarina sacou duas notas de cinqüenta do bolso.
- Como eu estava dizendo — seguiu Genaro — o homem parecia muito com aquele deputado… Sabe?, aquele meio careca que gosta de reclamar do governador no jornal.

A editora agradeceu e correu de volta para o jornal. No caminho, ligou para um perito que fazia serviços particulares.
- Bastos? Preciso da identificação de uma vítima. O preço de sempre?

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