segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Cap 36 - Confissão

- Para onde?, perguntava Bia a Santa Cecília pelo celular. — Está bem. Tchau.

- E então, dona repórter, quais são as novidades?, debochava Renatinho Gordo.
- Consegui umas férias para você.
- Onde?
- No Pará.
- Comoéqueé? No Pará? Você está de brincadeira. Aquilo é quente pra cacete e cheio de mosquito.
- Gordo, eu acho que você não está em posição de recusar.
- Se a senhora não se lembra, eu tenho informações valiosas.
- E se você não lembra, eles vão te matar. Acho que você tem mais a perder que eu.

Renatinho socou a mesa, abaixou a cabeça e falou uma dúzia de palavrões. Depois esfregou as mãos no rosto e bebeu um gole de água.
- Estou calmo, dona. Estou calmo.
- Se você não começar a me ajudar, meu amigo vai retirar a oferta de transferência.
- Está bem, repórter, eu vou falar. Pergunta que eu respondo.

Bia tirou da bolsa um gravador e colocou sobre a mesa.
- Você estava envolvido no seqüestro de Ana Santa Cecília?
- Dona, eu não sei o que a senhora acha que é maldade, mas o que fizeram com aquela moça é ruim até para gente como eu.

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