segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Cap 59 - Resgate

A viatura passou na porta do edifício do deputado muito rápido. Mas o tempo foi suficiente para Ramos perceber que Marco estava na portaria, aguardando qualquer intromissão. O policial estacionou na esquina e ordenou que Catarina não saísse de lá até que outros policiais chegassem. “Nem a pau”, respondeu ela.

Os dois seguiram pela Vieira Souto. Ramos pediu que a jornalista ao menos tomasse uma boa distância dele. Ao lado do portão, ele aguardava até a sombra de Marco indicar que o grandalhão se afastara da porta. Quando a sombra quase desapareceu, o policial enfiou o pé na porta, tentando arrombá-la em vão. O barulho atraiu a atenção do afilhado de Paglia, que correu para a porta. Com um tiro, Ramos conseguiu destruir o portão, totalmente feito de vidro, mas Marco logo o atingiu.

Os dois caíram no chão, com Marco sobre Ramos, socando-o no rosto.
- Vamos, gordão, apaga!

Ramos ficou furioso. Com toda a força que lhe restava, tirou o brutamontes de cima. Acertou o bandido com uma cabeçada e, em seguida, com o cabo da arma, golpeou a genitália de Marco.
- Eu não sou gordo — disse Ramos, cuspindo um pouco de sangue — sou proporcional!

Nenhum comentário: